sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Vídeo - O valor da criança na sociedade

Este vídeo mostra o trabalho infantil, que apesar de ser proibido por lei, muitas crianças ainda estão inseridas no mercado de trabalho, tirando-lhes o direito de ser crianças. Assistam, vale a pena!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

As crianças de 0 a 6 anos nas políticas educacionais no Brasil: Educação Infantil e/é fundamental

Artigo de Sonia Kramer

O artigo discute a educação infantil no contexto das políticas educacionais e no Brasil. Sua situação, desafios e a formação de profissionais de educação infantil. Analisa a Educação Infantil e Ensino Fundamental destacando a relevância desta articulação no que se refere às crianças e ao trabalho pedagógico nas creches, pré-escolas e escolas.
O tema das crianças de 0 a 6 anos e tudo o que envolve a Educação Infantil tem ganhado espaço em debates educacionais e na ação de movimentos sociais no Brasil nos últimos 20 anos. O Ensino Fundamental de nove anos e as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia são expressões claras da direção que as políticas educacionais assumiram no Brasil com relação às crianças de 0 a 6 anos nos últimos anos. É isso que trata o presente artigo.
As crianças começaram a ter sua especificidade respeitada e passaram a ser consideradas, ao longo destes 30 anos, como cidadãs, parte de sua classe, grupo e cultura. Assistência, saúde e educação passaram a ser compreendidas como direito social de todas as crianças.
Só em 1974, o pré-escolar recebeu atenção do governo federal, evidenciado na criação da Coordenação de Educação Pré-Escolar (MEC/COEPRE), em documentos e pareceres do Conselho Federal de Educação. A criação do COEPRE e a ênfase no pré-escolar deram-se num contexto em que o discurso oficial apontava a pré-escola como necessidade, porém sem uma política de dotação de verbas específicas, como até hoje: o FUNDEB é uma possibilidade não mais remota, mas ainda não implementada.
Com o Programa Nacional de Educação Pré-Escolar, em 1981, o MEC implementou ações de expansão do atendimento de crianças a baixo custo, defendendo uma pré-escola com vagos “Objetivos em si mesma”, desvinculada da escola de 1º grau. Houve manifestação destas propostas; universidades, centros de pesquisa e sistemas de ensino e movimentos organizados denunciaram a precariedade de alternativas de baixo custo, exigindo educação das crianças de 0 a 6 anos com qualidade e concretização de seu papel social.
Importante foi o papel desempenhado na Constituição de 1988, do direito à educação das crianças de 0 a 6 anos e do dever do Estado de oferecer creches e pré-escolas para tornar fato esse direito (assegurada a opção da família), reafirmando no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 e na Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996. Nos últimos anos, movimentos sociais, redes públicas municipais e estaduais e universidades têm buscado expandir com qualidade a educação infantil., sendo formulada pela primeira vez uma política nacional de Educação Infantil.
Do debate sobre a educação de crianças de 0 a 6 anos nasceu a necessidade de formular políticas de formação de profissionais e de estabelecer alternativas curriculares para a educação infantil. Direitos de crianças consideradas cidadãs foram conquistados legalmente sem que exista, no entanto, dotação orçamentária que viabilize a consolidação desses direitos na prática; exigências de formação de profissionais da educação infantil e reconhecimento de sua condição de professores.
Grande parte dos estados e municípios brasileiros só agora começa a se estruturar para atuar na formação prévia ou continuada dos profissionais da educação infantil.
No que diz respeito às políticas educacionais, para consolidar o direito e ampliar a oferta com qualidade, muitos desafios colocam-se: ausência de financiamento da educação infantil e as lutas por sua inclusão no FUNDEB, a organização dos sistemas municipais; a necessidade de que as políticas de educação infantil sejam articuladas com políticas sociais; a formação dos profissionais da educação infantil e os problemas relativos à carreira; as ações e pressões de agências internacionais; as precárias condições das creches comunitárias não transferidas para as redes municipais de educação.
A formação de profissionais da educação infantil - professores e gestores - é desafio que exige a ação conjunta das instâncias municipais, estaduais e federal.
Segundo Nunes (2005), resoluções e deliberações estaduais e municipais confrontam-se com a LDB e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, gerando nos profissionais que trabalhamm em creches e pré-escolas incertezas quanto ao que lhes será exigido com relação à formação inicial e ao processo de formação continuada. Os processos de formação configuram-se como prática social de reflexão contínua e coerente com a prática que se pretende inplementar. Cursos esporádicos e emergenciais não resultam em mudanças significativas, nem do ponto de vista pedagógico, nem do ponto de vista da carreira.
No que se refere à formação inicial, convivemos na educação infantil com a seguinte conquista: as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de graduação em pedagogia, licenciatura. Muitas críticas têm sido feitas, argumentando que a prioridade à formação de professores de educação infantil representa uma desvalorização do curso de pedagogia. É uma visão preconceituosa. Basta lembrar que na maioria dos municípios brasileiros, o salário dos professores são definidos segundo a idade ou o tamanho dos alunos e não de acordo com o nível de escolaridade. Tem um imenso contigente de pedagogos que não sabem lidar com crianças e tem pesquisadores e professores universitários que estranham o que a pedagogia tem a ver com fraldas, corpo, bebês.
Nesse contexto, é urgente a formação científica e cultural, que tome a prática como ponto de partida e como ponto de chegada, e contribua para a qualidade de profissionais da educação.
Na educação infantil e no ensino fundamental, o objetivo é atuar com liberdade para assegurar a apropriação e a construção do conhecimento por todos. Na educação, o objetivo é garantir o acesso, de todos que assim o desejarem, a vagas em creches e pré-escolas, assegurando o direito de brincar, criar e aprender.
Com a Lei nº 11.274/2006, o ensino fundamental passa a ter nove anos, no Brasil, e inclui obrigatoriamente as crianças de 6 anos. As crianças têm o direito de estar numa escola estruturada de acordo com uma muitas possibilidades de organização curricular que favorecçam a sua inserção na cultura. Elas têm direito a condiçóes oferecidas pelo Estado e pela sociedade que garantam o atendimento de suas necessidades básicas em outras esferas da vida econômica e social, favorecendo, mas que uma escola digna, uma vida digna.
Nosso maior desafio é obter entendimento e uma educação baseada no reconhecimento do outro e de suas diferenças de cultura, etnia, religião, gênero, classe social, idade e combater a desigualdade.
A inclsuão de crianças de 6 anos no ensino fundamental, é um motivo de comemoração, é um contingente de crianças que passa agora a serem reconhecidas. A educação infantil não é obrigatória: ela é dever do Estado, direito da criança e opção da família. As crianças de 6 anos acabam de serem incluídas e ainda que isso signifique muito trabalho de mudança no ensino fundamental, essa mudança era absolutamente necessária.
A educação infantil ainda tem muito trabalho pela frente, mas tudo que já foi feito seja uma parte, uma parcela pequena, mas nem de longe insignificante, na luta tenaz, consistente contra a desigualdade e a injustiça social. Para muitos legisladores e pesquisadores da educação e das políticas sociais, está por ser provado o impacto da educação infantil no desemepenho escolar. E ao longo dos 36 anos, a educação infantil é direito.


Educação Pré-Escolar e Cultura

Texto de Ana Lucia Goular de Faria
A tese de doutorado de Ana Lúcia Goulart de Faria, agora publicada em livro, é daquelas que abrem caminhos, que convidam à reflexão. Oferece contribuições à pedagogia, especialmente à Educação Infantil.
A autora explicita claramente as suas intenções e interpretações, o que permite a quem lê a oportunidade de concordar ou não com elas.
Em uma carta, datada de 09.10.93, Ana Lúcia Goulart de Faria fala a Mario de Andrade que estiveram juntos, há quase vinte anos, no centenário da rede municipal de Educação Infantil, na cidade de São Paulo, conhecendo nesta ocasião o poeta-educados, pois já conhecia o poeta-autor.
A autora fala das angústias de educadora, pois no momento estava terminando sua tese de doutorado sobre o parque infantil e o direito à infância na classe operarária, iealizada por Mario de Andrade.
Pede paciência por sua carta e que é acadêmica, como tem que ser e diz que é professora da Unicamp e que já trabalhou em diversos órgãos públicos que atuam em creches e pré-escolas e que é preocupada com a educação das crianças pequenas das camadas populares. Diz que os três: ele, ela e equipe foram demitidos pelos acertos.e que estuda e ensina para os seus alunos universitários o que está relacionado com a política.
Conta da pesquisa sobre o parque infantil do Departamento de Cultura, durante a gestão em que Mario trabalhou e quer discutir com ele alguns aspectos.
Diz estar empenhada, como ele, em buscar caminhos (ao lado de outros colegas) para a construção de uma política integrada de educação para a infância brasileira.
Mario de Andrade proporcionou, ao criar o parque infantil, o direito à infância, do brincar, do não trabalhar; ainda a sua preocupação com o folclore, demonstrando que compreende o povo e que ver a criança como inteira, diferente consumindo e produzindo cultura.
Ele escreveu bastante sobre arte infantil, analisou os desenhos das crianças pequenas, inclusive refletindo sobre diferenças de gênero, o que não é muito comum hoje.
O parque infantil de Mario de Andrade era completamente diferente dos outros existentes, pois não estavam preocupados com a qualidade de vida como o dele estava.
Infelizmente os seus PI foram transformados em Escolas Municipais de Educação Infantil, perdendo o seu caráter lúdico e artístico, sua marca registrada, bem como o caráter livre, através dos jogos folclóricos. Os professores não sabem brincar e improvisar. O modelo “escolarizado” voltado para a alfabetização atual, é em geral realizado através de planejamento que impede a construção de novos conhecimentos.
A autora fala que estar sentindo dificuldade para terminar a tese, pois acha que precisa ler muito mais. Fala das novidades que trouxeram as experiências com o PI. Os órgãos de cultura ainda não estão envolvidos com a educação infantil após nova vigência da lei, atribuída ao município.
Finaliza dizendo que Mario é 500, pois o governo brasileiro comemora o seu centenário, com o seu rosto na nova moeda de 500 mil cruzeiros.
A autora fala que só foi com as origens da urbanização e da industrialização que novos programas, visando à sobrevivência das crianças e também à formação disciplinada da classe operária, começam a ser implantados. Por que as crianças de 0 a 6 anos são excluídas da história da educação infantil no Brasil? O que aconteceu com os adultos brasileiros que só se lembraram do direito à educação das crianças na Constituição de 1988?
Antes mesmo dos educadores participarem dessa luta, o movimento feminista e o movimento sindical, desde os anos 70, ao lado de luta contra a ditadura militar, já reivindicavam creches.
Antes mesmo de existirem, as creches já eram reivindicadas em benefício da mulher trabalhadora.
As pré-escolas públicas, em geral poucas, eram alocadas nas Secretarias de Educação, e cada vez mais voltadas para a alfabetização e para o modelo escolar, distinguiam-se das creches, que eram voltadas para a criança (e para sua mãe).
A inserção dos direitos da criança pequena no bojo da luta contra a ditadura não foi nada fácil e ainda hoje na tramitação da LDB estas dificuldades permanecem.
A pré-escola fez 50 anos de existência, sendo criada por Mario de Andrade, quando diretor do Departamento de Cultura (DC), em São Paulo (1935-1938), os primeiros parques infantis (PI) para crianças de 3 a 12 anos.
Somente em 1975, os Pis que já tinham passado a receber crianças de 3 a 7 anos, transformaram-se nas atuais Escolas Municipais.
A autora fala que na base do erro e acerto foram construindo novos conhecimentos sobre a infância, definindo áreas de pesquisa e propondo para a Nova Constituição o direito a creches e pré-escolas para todas as crianças de 0 a 6 anos.
Já existem alguns estudos sobre a contribuição dos modernistas e de MA na definição de um projeto cultural para o país através do DC.
Para tirar o Brasil do atraso e construir uma nação moderna, os intelectuais das décadas de 20 e 30 acreditavam na reforma da educação e do ensino, e só dispunham do poder das idéias. MA acreditou que poderia ser através da administração pública.
É possível sir do atraso pela administração pública?Quem vai educar as novas gerações para elas sejam diferentes de nós? Quem vai dar continuidade ao trabalho iniciado por MA? A autora diz que muitas destas questões ainda ficarão sem resposta.
Embora Mario tenha sido contemporâneo de Benjamim e Vigostky não se pode dizer que era marxista. Ele era um eterno professor, interessado no Brasil e também nas crianças. Embora fosse teórico, contribuiu entre as mais diferentes áreas do conhecimento, para a educação infantil.
Os pesquisadores da área de educação, que cada vez mais se interessam pela educação em creches e pré-escolas ainda não estudou o PI do DC enquanto uma alternativa educacional para as crianças de família operária, pois o objetivo era deste assegurar o direito da criança a ser criança e preserva todas as dimensões humanas – física, intelectual, cultural, lúdica, artística, etc.
Em relação ao lúdico, ainda se verifica em classe de pré-escola pública em São Paulo, que a professora não está preparada para brincar ou deixar as crianças brincarem, embora estas ainda brinquem.
Nos primeiros tempos de República, início do século, havia ausência de jogo e brincadeira nas instituições para as crianças pobres, embora eles existissem para as crianças de famílias abastadas.
A autora confirma a hipótese de que o PI, na gestão de MA, corresponde às aspirações do operário e foi um espaço público onde a criança de 3 a 6 anos de família operária pode ser criança, brincando. A proposta do PI, enquanto “sugestão de MA”: colaborar enquanto subsídio para uma política de educação infantil brasileira, colaborar na formação dos educadores de pré-escola e, portanto, contribuir na construção de uma pedagogia não-escolar para as crianças menores de 7 anos das camadas populares.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Mensagem para os pais que passarem por aqui

Ame seu filho. Muito, acima de tudo!
Tenha paciência, mesmo que seu trabalho tenha sido desgastante, que o dia tenha sido horroroso, ou que a criança te faça repetir 20 vezes a mesma coisa.
Jamais faça com que ele se sinta sozinho e abandonado.
Sei que uma palmadinha, de vez em quando, é inevitável. Mas em hipótese alguma agrida uma criança. Física ou moralmente. As marcas serão eternas.
Dê o exemplo que você quer que seja seguido. Não adianta falar o que deve ser feito, tem que fazer o que é correto.
Pai e mãe são pra sempre. E devem ser os melhores amigos.

sábado, 15 de novembro de 2008

A descoberta da Infância

Livro: HISTÓRIA SOCIAL DA CRIANÇA E DA FAMÍLIA
Autor: PHILIPPE ARIÉS













Nos Séc. XI e XII a infância era desconhecida pela arte Medieval, ou então não havia lugar para a infância nesse mundo.

Os artistas que pintavam naquela época usavam as mesmas formas que pintavam os adultos para retratar a criança, distinguindo apenas no tamanho, fazendo miniaturas de homens.

O artista deformava o corpo da criança, tentando passar uma imagem muito diferente da realidade.












Por volta do Séc. XIII, havia mais sentimento ao retratar a criançaas, mas continuou fiel ao procedimento dos séculos anteriores. A partir desse século, surgiram alguns tipos de crianças, um pouco mais próximo do sentimento moderno.












Deu origem a temas de anjos, das infâncias santas e posteriores evoluções iconográficas.

Neste século a criança não estava ausente da Idade Média, mas nunca era o modelo de um retrato, de um retrato de uma criança real, tal como aparecia em um determinado momento de sua vida.














Essa iconografia, que de modo geral remonta ao Séc. XIV, coincide com um florescimento de histórias de crianças nas lendas e contos pios, mantendo-se até o Séc. XVII, sendo acompanhadas na pintura, na tapeçaria e na escultura.

Dessa iconografia religiosa da infância, iria finalmente destacar a iconografia leiga nos Séc. XV e XVI, nao sendo ainda representação da criança sozinha. As cenas do genêro e as pinturas anedóticas começaram a substituir as representações estáticas de personagens simbólicos, surgindo dois tipos de representação da infância: o retrato e o putto (crianças nuas).

No Séc. XVI, retratos de crianças mortas marca momento importante na história dos sentimentos.

O gosto novo pelo retrato, no Séc. XVII indicava que as crianças começavam a sair do anonimato, sentindo-se a necessidade de fixar os traços de uma criança que continuaria a viver ou de uma criança morta, a fim de fixar as lembranças, provando que o retrato da criança morta, particularmente, não seria considerado como uma perda inevitável. A grande novidade deste século, foi que a criança era representada sozinha e por ela mesma.

Cada família queria possuir retratos de seus filhos, mesmo na idade em que eles ainda eram crianças, nascendo neste século e nunca mais desapareceu.

No Séc. XVIII, com o surgimento do Malthusianismo e a extensão das práticas contraceptivas, que a idéia de desperdício necessário desapareceu.















No Séc. XIX, a fotografia substituiu a pintura, mas o sentimento não mudou.
A descoberta da infância começa sem dúvida, no Séc. XIII e sua evolução pode ser acompanhada na história da arte e na iconografia dos Séc. XV e XVI. Mas os sinais de seu desenvolvimento tornaram-se particulamente numerosas e significativas a partir do fim do Séc. XVI e durante o Séc. XVII. Os adultos interessaram-se em registrar as expressões das crianças e em empregar seu vocabulário, ou seja aqueles empregados pelas amas quando lhes falavam.

Essas cenas de infância literária correesponde às cenas da pintua e da gravura de genêros da mesma época: são descobertas da primeira infância, do corpo, dos hábitos e da fala da criança pequena.

As idades da vida

Livro: HISTÓRIA SOCIAL DA CRIANÇA E DA FAMÍLIA
Autor: PHILIPPE ARIÉS
Atualmente, as crianças assim que começam a falar, ensinam-lhe o seu nome, o de seus pais, a sua idade, o que causaria espanto ao um homem do Séc. XVI e XVII, com todas essas exigencias de identidade civil.

Hoje, os hábitos de identidade civil estão ligados ao mundo da fantasia, que é o nome; ao mundo da tradição, que é o sobrenome e ao mundo da exatidão e do número que é a idade.

Acredita-se que somente a partie do Séc. XVIII os párocos passaram a fazer os registros com a exatidão ou o que se exige para fazer tal registro.

A importância pessoal da noção de idade teve ter se firmando à medida que os reformadores religiosos e civis impuseram nos documentos, a partir das camadas mais instruídas da sociedade, ou seja, no Séc. XVI, aquelas camadas que passavam pelos colégios.

Era comum nos Séc. XVI e XVII, colocar as idades nos retratos, tornando-se um objeto de atenção especial.
Esses documentos de família datados eram documentos históricos familiar, bem como os diários da família, onde eram anotados as contas, acontecimentos domésticos, nascimentos e mortes, com precisão cronológica.
No Séc. XVI tornou-se hábito de gravar ou pintar uma data nas camas, cofres, baús, armários, colheres, copos de cerimônia, correspondendo ao momento solene da história familiar, geralmente casamento.
Esse costume foi difundido na França, só desaparecendo no fim do Séc. XIX. Esse hábito desapareceu rapidamente da cidade e na corte, sendo considerado ingênuo e provinciano.
As "idades da vida" ocupam um lugar importante nos tratados pseudocientíficos da Idade Média. No espírito dos nossos ancestrais, as "idades da vida", ou "idade do homem" correspondiam a noções positivas, tão conhecidas, tão repetidas e tão usuais que passaram do domínio da ciência ao da experiência comum. Hoje em dia, não temos mais idéia da importância da noção de idades nas antigas representações do mundo.

Vermelho como o Céu




Filme baseado em fatos reais, que conta a história de Mirco.

Gênero: Drama
Tempo: 95 min.
Lançamento: 20 de Abr, 2007
Lançamento DVD: Mai de 2008
Classificação: 12 anos
Distribuidora: Califórnia Filmes


O filme é muito bom, vale a pena assistí-lo, pois conta a superação de um garoto de 10 anos, que ficou parcialmente cego, devido a um acidente com uma arma, em sua casa, em uma cidade da Itália. Ele vai para um Internato e lá faz vários amigos e consegue superar a sua deficiência, dando um ótimo exemplo de determinação e independência.
Mirco descobre um antigo gravador e resolve consertá-lo, usando-o para contar história através de sons, utilizando objetos, gestos, etc.